domingo, 15 de maio de 2011

Miguel Rio Branco

Miguel Rio Branco tem seu nome predominantemente ligado à fotografia, mas seu trabalho se expande também pelas instalações e pinturas. No entanto, é nas fotos que se encontra o cerne de sua construção poética. A questão do olhar permeia toda sua obra. Há uma clara escolha por personagens e objetos marginais nas suas fotografias. Ao descentrar, ao deslocar sua objetiva para fora do centro, cada corpo e objeto fotografado trazem sempre as cicatrizes da existência e de sua dura passagem pelo mundo. Muito do drama que encontramos em suas imagens deriva de um uso todo singular da luz e da cor. Miguel Rio Branco é um dos maiores poetas da cor da arte contemporânea. Suas fotos não são, de forma alguma, factuais, atuam no campo da poesia. Objetos e pessoas gozam do mesmo estatuto formal na obra de Miguel. Mas esse horizonte não é traçado numa perspectiva formalista; ao contrário: os objetos se emancipam e vibram energicamente como coisas porque estão imantados dos usos que deles fazem os seres humanos. É como mediadores de relações humanas, e não simples instrumentos passivos, que eles se inscrevem na obra do artista Miguel Rio Branco. Miguel Rio Branco é de um dos artistas nacionais com maior projeção no exterior, com obras no acervo de coleções públicas e particulares europeias e americanas, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo; o Museu de Arte de São Paulo; Centro George Pompidou, em Paris; o San Francisco Museum of Modern Art; o Stedelijk Museum, em Amsterdam; o Museum of Photographic Arts of San Diego e no Metropolitan Museum de Nova York. No Centro de Arte Contemporânea Inhotim (MG) está em construção um pavilhão subterrâneo para acolher exclusivamente a sua obra.

Fonte: WWW.
bibliotecadigital.fgv.br

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