domingo, 27 de fevereiro de 2011

LINA BO BARDI - OBRAS

MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO - MASP
Uma dos aspectos mais importantes da obra de Lina Bo Bardi é a sensibilidade demonstrada em relação aos lugares em que trabalhava, sabendo valorizar e preservar os elementos relevantes, valorizando-os pela inclusão de componentes modernos. A mesma observação vale para situações de intervenção no meio urbano, rural ou no interior de construções existentes.
O MASP é o grande exemplo de diálogo entre lugar urbano e intervenção, em que as sugestões do primeiro se incorporam à forma sem determiná-la.



SESC POMPÉIA
Ao visitar a Fábrica de Tambores, o lugar onde seria implantado o SESC (1977), a arquiteta Lina Bo Bardi, encontrou uma bela construção, feita com estrutura pioneira no Brasil de concreto armado com vedações em alvenaria. O que mais chamou a atenção da arquiteta, porém, foi o espaço que, durante os finais de semana era povoado por famílias com crianças brincando e jovens se divertindo. A arquiteta, percebendo a espontaneidade e veracidade daquelas atividades, considerou a situação presenciada para o partido do projeto: “Pensei: isso tudo deve continuar assim, com toda esta alegria”.
A velha fábrica, construída a partir de tecnologia importada e sofisticada para a época, haveria, para a arquiteta, de ser reinventada. O projeto do SESC Pompeia propõe a manutenção do espaço livre dos galpões, mas sugere catalisadores das atividades e da vitalidade do lugar: as funções da antiga estrutura seriam reprojetadas e o projeto de tecnologia fabril seria convertido em um projeto moderno. Em todo caso, os usos populares captados por Lina seriam mantidos e permeados por espelhos d’água, lanchonetes, bibliotecas, obras de arte, etc. Para que o terreno pudesse comportar todo o programa previsto para o SESC da Pompeia, com a opção de manter a velha fábrica, seria necessário edificar duas torres no final do lote. Decisão adotada pela arquiteta e que conferiu também aspecto monumental para o complexo.



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